Transcrição Ensaio 05/10/2023
9- Ensaio dia 05/10/2023
https://www.youtube.com/watch?v=_S4pG11wkEQ
Aquecimento
00 - Alongamento fluido e contínuo. “Tenta perceber o ápice do movimento” {Café}“Conecta o movimento com a sua respiração” “Não é movimento mecânico. É uma coisa que você vai descobrindo ao longo do caminho como você chega na postura que você quer alongar.
8:28 - O objetivo deixa de se alongar e passa a ser: deslocar-se no espaço de maneira absolutamente circular de forma contínua. Deve-se explorar as várias maneiras de se descolar. {Café}“Nunca quebre o círculo pra mudar de direção”
12:14 - Círculos mais fechados.
13:55 - Círculos abertos
16:16 - Formar duas filas
16:36 - Diagonal completamente com círculos completamente abertos.
19:07 - Diagonal alternando entre círculos abertos e fechados.
21:58 - Diagonal em grupos de 4. Os 4 se movem para o meio em movimento circulares fechados e para fora com movimentos circulares abertos enquanto se deslocam na reta.
26:34 - 6 pessoas no centro formando um círculo. O restante faz um círculo maior ao redor. 8 tempos para ir ao centro se movimentando em círculos e 8 tempos para abrir se movimentando em círculos.
Exercício da Escada
31:08 - Formação gradual de escada com os corpos dos atores enquanto um ator sobe até o nível mais alto e depois desce ao chão.
43:04 - 51:55 O mesmo exercício em grupos de 4.
52:16 - {Café demonstra} “É um bom experimento, mas eu ainda acho que vocês fazem mais do que precisa. Pensa em uma escalada. Não vou colocar meu joelho no outro. Pé e mão.”
54:35 - Os atores se movem com movimento circulares e contínuos no plano baixo . Uma grande fila se forma gradualmente. Os atores devem estar certos de seu movimento. Os atores sobem e andam na fila. Ao chegar no final o ator que atravessou passa a fazer parte da fila.
1:04:14 - {Café} “A imagem é linda. Dá uma sensação meio de animal de carga. Pode ser uma coisa bem legal pra essa cena (Cena do Faraó). Os trabalhadores andando, [como animais] de carga, fazendo esse ciclo infinito e de repente o narrador anda e fala. Vamos escolher bases mais firmes e os trabalhadores vão por cima. É muito importante que os porteurs aprendam a ser volantes¹ e vice-versa. Na hora do treinamento é bom todo mundo saber fazer todos os papéis. Por exemplo, a gente [Agrupação Teatral Amacaca] tá montando “O Rinoceronte” agora. É um peça que tem várias cenas acontecendo simultaneamente. Tudo é muito coordenado para que possa ser inteligível. Os diálogos não têm relação direta. É muito confuso quando você vai decorar. Se você decorar só sua fala e sua deixa você tá fodido. Isso é o que a gente deveria fazer sempre, mas nem sempre da pra fazer isso.”
Texto do Faraó
1:14:04 - Fila. Porteurs em quatro apoios. Os volantes vem em plano baixo fazendo movimentos circulares sobem nos porteurs e andam em cima. Ao descer, se movimentam como antes para o começo da fila e tudo se repete. Depois de algumas pessoas fazerem o trajeto, um ator fala parte do texto. Outras pessoas fazem o trajeto. Uma atriz fala outra parte do texto. dois atores que estão em 4 apoios ficam de pé. A atriz sobe no 1º ator. Ele gira e a entrega para o 2º ator. Mais 2 atores se levantam, levantam a atriz e a levam pra frente. {Coro} “Sangue! Ossos!”
1:31:48 - Tentativa de fazer duas filas andando em cima da fila de baixo. Não funciona.
1:37:06 - Formação da fila de baixo e da fila de cima. Dois atores da fila de cima em pé. Dois atores da fila de baixo se levantam carregam os atores de cima, giram e entregam a outros dois atores que se levantam
¹ Porteur e volante são denominações do circo. Porteur é quem faz a portagem, ou seja, é a pessoa mais forte que fica em baixo e faz a base para o volante. Volante é quem voa, ou seja, fica em cima carregado pelo porteur.
² Grupo de teatro brasiliense ao qual Café faz parte e teve como seu diretor Hugo Rodas.
Roda Final
1:50:19 - {Marcus} “ Esses dois ensaios, de terça e quinta, a gente não trabalhou muito. Algumas pessoas faltaram, daí a gente colocou foco no movimento, em ações. Uma coisa que eu queria que vocês começassem a observar, não sei se observaram. Eu tô fazendo outras coisas com o som agora peguei uma pedal que se chama Loop, então eu to fazendo camadas. Esse efeito que eu to fazendo em camadas, em teoria, é o que vocês fazem entre vocês. Há muito tempo que eu venho trabalhando com o Hugo em cena. Eu vim saindo de simplesmente acompanhar. A gente tem uma relação social com a música: a música é um fundinho pra nós. O que a gente tá fazendo aqui é uma outra coisa. O Huga falava nós ensaios que ele dava uma orientação para os atores e pra mim. E ele falava pra mim ‘Da mesma maneira que esse pessoal aqui ta criando, você vai ter que criar também tem que ter criatividade.’ Então quando eu venho pra cá eu tento não fazer o mesmo som. Tento buscar outro som, outras movimentações. Quando a gente for trabalhar com a montagem, aí eu vou escolher os sons e já vai ficar fixo. Mas por enquanto eu estou explorando. Assim como vocês estão explorando o movimento, eu estou explorando a sonoridade aqui. A técnica que eu to usando agora vem a orquestração que é a construção de layers. Durante muito tempo a relação teatro-música é só melodia. O que eu to fazendo aqui são camadas. Então por exemplo, uma camada mais grave, uma camada no meio, uma camada aguda. Quando você sobe uma nota, ela vai vibrando e ela não é um som só, são vários sons. Vários sons harmônicos. Da mesma maneira que o movimento ele tem ressonância. Por isso que é mais fácil a gente ter um treinamento orientado pra performance usando som. Porque os parametros do som são os mesmos do movimento - ritmo, intensidade, frequência… Subconscientemente a gente tá inserindo em você sons diferentes de sons sociais pra situar o corpo em relação as esses parâmetros de movimento que são os mesmos do som. A gente veio pra trabalhar. Se vocês tão trabalhando, eu tô trabalhando la. A partir de terça-feira a gente vai voltar a ter as canções. Na próxima semana já vao aprender mais duas canções. Vai acumulando. Daqui a pouco a gente vai ter canções. Base pra musical são 7 canções.
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